Brasília, 8 de junho de 2015
Luiz Eduardo Caron ministra palestra durante seminário |
Palestrante no Seminário Temático: Gerência da Fiscalização 2015, o coordenador nacional das Câmaras Especializadas de Engenharia Química, Luiz Eduardo Caron, traçou o histórico da profissão, listou a legislação que afeta tanto a Engenharia Química quanto a própria Química, falou sobre o sombreamento entre as duas áreas, além do conflito com a Medicina Veterinária, e mostrou a experiência do Crea-PR com os treinamentos regulares para a fiscalização e conselheiros.
-> Confira a palestra na íntegra
Luiz Eduardo Caron explicou que no Crea-PR havia muitas perdas nas ações de fiscalização, com arquivamento de processos, por exemplo. Por isso, eles desenvolveram ações de treinamento continuado. “A Câmara Especializada de Engenharia Química deve atuar junto à fiscalização. O conteúdo desta palestra é repassado aos agentes fiscais por meio de conversas por telefone, no corredor após reuniões… Não é apenas palestra formal, é uma conversa continuada, com discussão caso a caso”, explicou.
Cerca de 80 participantes assistiram à palestra sobre fiscalização na área de Engenharia Química |
Em sua apresentação, Caron defendeu que a decisão de autuar ou não uma empresa e/ou profissional deve ser responsabilidade da Câmara, e não do fiscal. “Nós respondemos judicialmente por aquela decisão. Por isso fazemos pareceres de conteúdo técnico que subsidiam o setor jurídico”.
Entre os procedimentos estratégicos da Câmara Especializada de Engenharia Química do Crea-PR, está o esclarecimento junto às equipes de fiscalização sobre a diferença entre o que faz o engenheiro químico e o que faz o químico. Outra estratégia do Crea-PR é a busca pelo diálogo com instituições de ensino, com vistas a esclarecer aos estudantes sobre a diferença entre Crea e CRQ (Conselho Regional de Química) e Crea e CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária). A integração entre agentes de fiscalização e conselheiros, com rotina de perguntas e respostas, também faz parte da estratégia. “A busca por respostas gera conhecimento e melhoria nos procedimentos”, completou.
Conselheiros federais João Augusto dos Anjos (centro) e Paulo Viana (à direita) entregam certificado a Luiz Eduardo Caron (à esquerda) |
A modalidade de Engenharia Química abarca cursos como Engenharia de Alimentos, de Materiais, de Petróleo, Nuclear, etc. De acordo com Caron, o engenheiro químico concebe, projeta, constrói e opera a indústria química e seus equipamentos de produção em larga escala. Já a química e a medicina veterinária são responsáveis pela qualidade dos insumos utilizados na indústria química ou de alimentos. “A Engenharia Química nasceu da junção entre a Engenharia Industrial e Mecânica e a Química”, explicou e, para elucidar, adicionou: “o químico está para o engenheiro químico em uma indústria assim como o físico está para o engenheiro civil na construção de um prédio”.
Luiz Eduardo Caron é engenheiro químico e mestre em materiais poliméricos. Já atuou em cargos de liderança da Companhia Paranaense de Energia e do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento.
O Seminário Temático: Gerência da Fiscalização 2015 segue até esta terça-feira (9). Hoje (8) à tarde, serão apresentados dois casos de sucesso dos Regionais. O Conselho Regional da Bahia irá compartilhar com os agentes fiscais um exemplo de fiscalização na área química, enquanto, simultaneamente, o Crea-PR irá explicar aos gerentes como funciona o planejamento e a avaliação de resultados no Regional.
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